Recentemente, a rinoplastia vem passando por um grande avanço com a rinoplastia preservadora (preservation rhinoplasty). Essa técnica cirúrgica tem como principal característica uma rápida recuperação pós operatória justamente devido a preservação das estruturas dos tecidos e ligamentos do nariz, sendo bem menos agressiva e mantendo resultados naturais, assim como na rinoplastia estruturada.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE A RINOPLASTIA PRESERVADORA E O MÉTODO TRADICIONAL?
Ao longo dos anos, a rinoplastia passou por diversos estágios e avanços até chegar aos métodos realizados atualmente. De um modo geral, pode se dizer que antigamente a técnica era basicamente reducional, modelando o nariz através da retirada de tecido ósseo e cartilaginoso do nariz para alcançar um formato nasal mais adequado. Apesar dos resultados serem bons a curto prazo, alguns pacientes podem desenvolver sequelas devido a “desestruturação” causada pela cirurgia.
Um grande avanço nesse tipo de cirurgia foi a técnica de rinoplastia estruturada, amplamente realizada hoje em dia e difundida entre os cirurgiões que se dedicam à cirurgia de nariz. Ao contrário do método anterior, o objetivo é dar forma ao nariz através de uma estruturação sólida através de enxertos, visando assim um resultado bom não só a curto quanto a longo prazo. Uma desvantagem dessa técnica seria a dificuldade em reabordagens (revisões ou rinoplastias secundárias) em casos nos quais a primeira cirurgia não tenha atingido um resultado satisfatório. Essas revisões, às vezes, podem se tornar grandes cirurgias de longa duração, com necessidade de enxertos de cartilagem da costela e dificuldades no controle do processo de cicatrização.
Na rinoplastia preservadora é possível identificar e preservar estruturas ligamentares e de tecidos sem tanta necessidade de enxertos de cartilagens, preservando o material original. Ao invés de “desmontar” e “remontar” com esses enxertos que funcionariam como alicerces na convencional rinoplastia estruturada, a rinoplastia preservadora prevê a sustentação do nariz de baixo para cima, mantendo a sua estrutura e adaptando apenas o que for necessário através de ligamentos naturais vinculados à própria pele.
Com esta nova técnica revolucionária da rinoplastia, tanto as alterações estéticas quanto funcionais do nariz são executadas de forma eficiente e consideravelmente menos traumática, o que permite uma rápida recuperação do paciente sem contar que tanto a elasticidade quanto a mobilidade do nariz são mais naturais.
Nenhuma técnica é absoluta e indicada em todos os casos porque cada paciente possui uma anatomia única. A rinoplastia preservadora é indicada basicamente em casos primários, aqueles em que o nariz nunca foi operado e que mantém as estruturas nasais intactas e cuja anatomia é favorável para esse tipo de procedimento. Casos que não são favoráveis à técnica são narizes com desvios muito acentuados ou que já foram submetidos a traumas complexos ou cirurgias prévias, chamados de casos secundários, além de pacientes de dorso largo, por exemplo. Mas como cada caso é um caso, consulte-nos para saber se essa técnica pode ser aplicada à sua realidade.